Nunca deixei saberem dos meus vazios
Dos espaços em branco do exíguo da minha mente
A solidão é um prato cheio para minha dor
Aprendi desde cedo que tirar amor nos versos
É sinal de fraqueza.
Aprendi com o mundo que sonhos são irreais
No denso instante em que parei de sonhar.
Minha angústia descrevo em palavras
Que timbro com sentimentos imaginários
Tentando passar para quem sente
Lê minhas utopias e mente
Conseguir entrar em meu mundo
E compreender meu pecado.
Tachado de calores capricornianos
Vou buscando a luz que me consuma
Em estradas onde sobreviventes engolem a fé
De quem ainda acorda
Para descansar nos braços santos
Que nunca os acolhem como o combinado.
Busco principalmente a poesia
De poeta otário
Que cansou de ser sozinha
Pois é clichê poeta ser só triste
E solitário.
Quem mente dizendo o que sente
Perde a risca do que realmente é errado.
- E sabe.