terça-feira, 20 de dezembro de 2011

whatever.


Escrevi uma carta e não mandei, como de costume. Acumulo coisas: textos, flores, sentimentos, orquídeas de chocolate. Sabe, ana, nunca me senti tão você como agora (...) vontade de entupir de calmantes e dormir por três dias seguidos, acordar, revigora menina que a vida está ai e tem coisas que tu precisa fazer: livro novo, peça nova, cuidar dos sentimentos, cuidar do coração. A arte bate na porta e eu corro, me escondo debaixo das cobertas e atrás das xícaras de café e dos cigarros que tumultuam minhas insônias quase diárias.

Tanta coisa pra dizer que não sei como organizar, tanta coisa para contar que não sei pra quem. Voltar a fazer análise? Talvez. Gosto da pressão terapêutica um pouco. Vontade de explodir um pouco, só um pouco. Whatever. Necessidade de atenção e carinho. Um monte de sensações e sentimentos sendo expelidos e o tempo todo sem ter para onde ir. Secreção sentimental talvez, só para ser podre. Adolescência, inferno astral. Lembro que um dia disseram para minha mãe que ela tinha sorte por eu nunca ter me revoltado.
Sinto saudades de amar. 

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