quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Muito prazer, Carolina Moreira.


Tenho 16 anos com cabelos esvoaçantes e muito rebeldes, me acho genial também, como diria a Ana C sobre todos os pontos de vista, inclusive de perfil. Faço teatro e me acho uma boa atriz, sou apaixonada por música e escrita. Mas gosto mesmo de amar e viver – viver é uma paixão como São Paulo, às vezes vira raiva e dá vontade de desistir, mas é impossível ficar sem esse desejo de gostar da vida. Escrever é uma necessidade paliativa com o momento que esteja vivendo na história citada ou na minha vida mesmo, essa que por vezes é sem graça e cheia de tédio – mas não me acostumo com isso, never. Paixões são meus temas preferidos, por juntarem tudo o que eu mais gosto de um modo às vezes simples e às vezes mais profundo do que qualquer outra coisa no mundo. Acho que o amor está em tudo, em todo canto, em cada hemisfério: só que de formas diferentes. Amor sexual, amor romântico, amor que pode virar ódio ou vice-versa. Não existe sentimento mais mutável que ele e nem mais moldável, mas, sem dúvida o amor é o mais puro e inocente da caixinha de sensações.
Gosto de olhos e mãos, intensidade, chá de erva-doce e camomila, erva-cidreira e incenso de alfazema. Biscoitinhos da sorte e cappuccino. Meu quarto tem um cheiro bizarro de mofo com cigarro e incenso, eu adoro, mas só eu. Tenho muitos livros perdidos e gosto de todos eles de uma forma única – até alguns que eu não li ainda – mas os meus preferidos são os de poesia. Poema-curto, daqueles que a gente se e fixa, Leminski principalmente, sempre na minha cabeceira. Poesia com muita frescura me cansa e eu paro na metade, sou cheia dessas ridicularias de parar quando deixa de me interessar, então se li ou fiz até o fim é por que algo me impulsionou a isso, talvez uma palavra, um gesto, uma frase. Tenho preguiça de intelectuais e detesto filmes iranianos, não fico bem de xadrez e óculos escuro deixa meu rosto mais redondo que uma bolacha maria, mas mesmo com essas individualidades eu adoro a cultura indie e seus defeitos – até alguns filmes surtados do Woody Allen. [mas não me venha com Goethe e Allan Poe.]
Sobre outras coisas que não gosto vem os gritos de exagero e pessoas querendo controlar meu desejo. Sobre as que eu gosto aparece astrologia e um certo misticismo que acabou destruindo o que eu havia construído em cima do ateísmo. Tenho mania de ao conhecer pessoas que aparentam ser especiais recolher logo os dados delas e fazer um rápido mapa astral que podem tornar-se folhas de interpretações dependendo da intimidade que possamos ter no decorrer do tempo e espaço. Tenho paixão especial por alguns signos específicos como escorpião – meu ascendente - por sua sensualidade e inteligência, excesso, peixes pela delicadeza e lirismo, leão pelo exagero de sentimentos, emoções e surtos que rondam essas emoções, e capricórnio – meu sol – pela força de vontade e por capricornianos sempre serem jovens anciões ou anciões jovens demais. Depois de tudo isso completo meu mapa com uma lua em aquário e algumas junções em libra e leão, assim fecho e acredito que isso explique algumas coisas que acontecem na minha cabeça vezenquando.
E para fechar ainda sonho em ser atriz cirquense ou entrar para Os Satyros. Ah, e essa é a primeira vez que escrevo alguma coisa sobre mim diretamente. Extremamente terapêutico.


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