segunda-feira, 23 de maio de 2011

09.05.11 - Ainda me restava a esperança.


A gente nunca sabe o que o outro está sentindo, o quão grande é a dor dele. Tem gente boa mandando vibrações para você, meu anjo. Gente boa de verdade. Queria acreditar um pouco em Deus – Vou escrever com medida de respeito dessa vez. – só para poder rezar para você. Ontem o surto foi terrível, cheio de borboletas negras, elas queriam que eu morresse, eu queria morrer, pareceu à alternativa mais viável, não mais fácil, e sim mais racional, eu estou exausta da podridão universal, de gente traumatizando sexo, traumatizando a mente e a si mesmo. Ontem não consegui dormir, eu tenho medo de dormir quando as borboletas negras aparecem, sempre tenho sonhos ruins. E tive, como clichê. Estava matando pessoas no ônibus, ninguém descobriu. Eu achava que quando sonhamos que matamos pessoas é um suicídio imaculado, não sei se eu tenho razão. Eu pensei que a vida é um punhado de coisas ruins, não de lantejoulas. Minha mãe está mal, eu sei que está, queria rezar para ela também, mas não consigo falar com esse Deus, tenho traumas demais dele, meu senhor. O que você fez por mim? O que eu fiz por você? Religião é o maior problema do universo. Eu estou fraca, apelativa, queria chorar mas não consigo. Sexta feira ainda está longe, queria te abraçar, você tem gosto de amor, eu adoro gosto de coisa bonita. 
Queria você, queria ser segura, queria ser feliz.

Por favor: Don’t  let me down.

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