quarta-feira, 18 de maio de 2011

Cosmos.



Anos se passaram e ela continuava a lembrar daquela garota que um dia bebeu conhaque com ela e disse coisas sobre solidão, medo, poesia e morte. Enquanto ela só ouvia calada e encantada os dizeres com um semblante encantado e assustado. Seu rosto exalava confusão e sincronia. Disse coisas que aprendeu nos livros, na rua, na arte. Falou dos astros, cosmos, urano e Vênus. Da volta que saturno dá no zodíaco vezenquando. Não parava nunca: “Era de peixes está acabando, logo vem aquário, 600 anos, mais revolucionário, pensando sempre nos outros.” E daí, o que restou? A saudade de alguém que sabia das coisas, que chorava, e se destruia. Mas, no fundo, era alguém muito frágil que só queria amor.

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