quinta-feira, 26 de maio de 2011

Alecrim.

Esperei você ligar, você não ligou. Deprimida e meio cansada de tudo, light, acendi um incenso não me lembro do quê. Sozinha no meu quarto, com os meus pés tocando aquela manta que continua sendo minha preferida. Estava um cheiro bom, daí acendi um cigarro, ficou aquela mistura, Alecrim, lembrei. O incenso era de Alecrim. Misturou cigarro com Alecrim, por falar nisso, estão acabando, só faltam cinco, duas vezes com o mesmo desenho atrás, será um indício? Morte. Os números vão crescendo ou diminuindo, minha idade, meu medo, minha loucura, minhas miligramas.  
Pensei em te ligar, mas não tinha como. Preferi pensar que você queria, queria tanto ouvir minha voz, mas não tinha como também, eufemismo me domina. Segundo dia, onde vamos parar? Queria rir ou chorar, mas não conseguia. Chamar-te para vir me ver, vai ser bonito. Lá tem flores, folhas, você sabe que eu gosto. Principalmente agora nessa minha fase mais psíquico-espiritual. Comprei umas pedras novas ontem, são bonitas, brilham e trazem uma energia boa.
Amanhã é um dia bom, alegre, sexta-feira tem clown, me inspira tanto. Teatro, gente intelectualizada fazendo o ridículo para fugir do marasmo e da nostalgia dos seus cotidianos. Perdi alguma coisa dentro de mim, faz tanto tempo que não lembro se um dia realmente tive essa coisa. Talvez coragem, revolta eu tenho de sobra, poesia só de vezenquando.
Não sei mais o que dizer.

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