Meu amor...
Te disse tantas coisas que já me esqueci, por pura proteção. Mas, além de dizer, pesaram milhões pela minha cabeça tumultuada, pensamentos estes que não se permitiram sair pela minha boca azeda cheia de medo das circunstâncias, ocorrências dos meus atos quase falidos. Liberdade é uma coisa tola que invade a mente da gente. Queria cantar, mas não consigo, queria atuar, mas não posso. Nasci para ser o roteiro, a platéia, que aplaude mesmo que não goste da peça, para não magoar quem se sentiu exausto com isso.
Sou feita de sentimentos, às vezes acho que o que eu sou hoje é o resultado desse tanto de carinho e afeição que eu sinto pelas pessoas sem me privar, racionar, colocar em segundo plano. Amar pela metade está fora dos meus ideiais, viver de mentiras acrescentado do voar com os pés no chão de um texto do Wilde. Se é para ser, seja. Acrescente a dor ao amor para ser real, para ser vivo e humano.
Cansada de chorar oceanos por amores que não me pertencem, por pessoas feitas para outras que se deixam invadir meu peito e levar coisas boas que estão tão escondidas de mim que não posso tocar e encontrar. Não consigo não vampirizar.
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